sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Você fala inglês britânico ou americano?

Lembro da época em que comecei a amar a língua inglesa, com cerca de 10, 11 anos. Havia uma separação muito nítida entre inglês britânico e inglês americano. E, é interessante de se perceber que, mesmo com toda a globalização mundial e expansão do idioma, muitos ainda fazem esta pergunta: "Você fala/prefere/ gosta de inglês americano ou britânico?" 
No mundo de hoje - há cerca de 10, 15 anos - já não se diz que existe apenas inglês. Já se diz "INGLESES", no sentido plural da língua mesmo, pois há inúmeros sotaques, ramificações e riquezas culturais dentro do mesmo idioma. Dentro da Inglaterra mesmo, por exemplo, falamos do inglês do norte ou do sul, da Escócia ou da Inglaterra? Você consegue compreender o inglês americano do Texas? Mais diferenças se nota ainda se formos pra outros países, cuja língua oficial é o inglês, como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Africa do Sul e tantos outros países espalhados pelo mundo.
Temos a impressão de que, enquanto brasileiros e não falantes da língua inglesa oficialmente, ou seja, por temos o inglês como língua estrangeira, seja natural termos dificuldade de entender certos sotaques, afinal, "não somos nativos".  E sim, de fato é natural. Porém, é muito interessante de se ouvir David Crystal, um linguista britânico, dizendo que certa vez, em viagem pela África do Sul, teve muita dificuldade de entender o inglês de lá. E olha que ele é nativo, hein! 
Portanto, que sempre tenhamos em mente de que não existe só este ou aquele inglês, que um seja melhor ou pior que outro. Obviamente temos preferências, por inúmeras questões, deste ou daquele sotaque, deste ou daquele lugar. Mas a língua, como parte humana, se molda a cada dia e leva-se apenas semanas para que uma nova variedade de inglês comece a crescer. E que bom que é assim. Quanta riqueza linguística temos pelo mundo afora hoje. Quem sabe um dia o nosso querido Brasil se empenhe mais em sua educação e nos tornemos um desses países que tenha um inglês com suas marcas próprias!


Pros que se interessarem mais pelo assunto do inglês global, assistam ao vídeo no Youtube "World Englishes", de David Crystal (https://www.youtube.com/watch?v=2_q9b9YqGRY)




Hora de recomeçar...

Está na hora de retomar o blog. Gosto de escrever e passou-se muito tempo já sem algum post. Ele terá uma pequena alteração de conteúdos... na verdade alteração no sentido de mais assuntos, de soma. Não falarei apenas de Língua Portuguesa, como havia me proposto inicialmente. Tentarei escrever sobre diversos assuntos, como educação, línguas, Inglês e Português, crianças, sala de aula etc. Vamos ver no que dá! =)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trecho do "Cartas a um jovem poeta"

“[...] Dê razão sempre a si mesmo e a seu sentimento, diante de qualquer discussão, debate e introdução; se o senhor estiver errado, o crescimento natural de sua vida íntima o levará, com o tempo, a outros conhecimentos. Permita a suas avaliações seguir o desenvolvimento próprio, tranquilo e sem perturbação, algo que, como todo avanço, precisa vir de dentro e não pode ser forçado nem apressado por nada. Tudo está em deixar amadurecer e então dar à luz. Deixar cada impressão, cada semente de um sentimento germinar por completo dentro de si, na escuridão do indizível e do inconsciente, em um ponto inalcançável para o próprio entendimento, e esperar com profunda humildade e paciência a hora do nascimento de uma nova clareza: só isso se chama viver artisticamente, tanto ta compreensão quanto na criação.
Não há nenhuma medida de tempo nesse caso, um ano de nada vale, e mesmo dez anos não são nada. Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades da primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, com toda a amplidão e a serenivdade, sem preocupação alguma. Aprendo isto diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: a paciência é tudo!”

RILKE, R. M. Cartas a um jovem poeta, Porto Alegre: L&PM, 2009. p.35-36

domingo, 3 de abril de 2011

Reforma Ortográfica



Nosso alfabeto não possui mais apenas 23 letras, mas sim, 26, com a incorporação das letras K, W e Y.

Como já acontece, elas são usadas em:
- Nomes próprios e seus derivados, como Darwin, darwinismo;
- Em momes próprios de lugares vindos de outras línguas, como Washington;
- Símbolos, abreviaturas, siglas e palavras adotadas como unidades de medida internacionais, como Kg;
- Palavras estrangeiras que foram incorporadas à língua, como sexy.

quinta-feira, 24 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Confusão que dá

O uso do "por que", "por quê", "porque" ou "porquê" sempre deixou muitas dúvidas. Seguem abaixo breves explicações de cada um:


POR QUE
- Junção da preposição POR + pronome interrogativo ou indefinido QUE (“por qual razão” ou “por qual motivo”):
Por que você não quer ir comigo?
     Dica: Coloque a palavra "motivo" após "por que". Se der certo, use separado e sem acento:
      Por que (motivo) você não quer ir comigo?
- Junção da preposição POR + pronome relativo QUE ("pelo qual", podendo ter flexões pela qual, pelos quais, pelas quais):
Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.
     Dica: Troque "por que" por "pelo qual", "pela qual", "pelos quais" ou "pelas quais":
      Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.

POR QUÊ
- Continua com o significado de "por qual razão", "por qual motivo", mas vem em final de frase:
Você foi ao shopping? Por quê?

PORQUE
- Conjunção explicativa ou causal:
Não vou sair porque está chovendo.

PORQUÊ
- Substantivo com significado de "o motivo", "a razão", precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral:
Eu ainda não entendi o porquê de tanta revolta.
     Dica: Troque "porquê" por "motivo":
      Eu ainda não entendi o motivo de tanta revolta.

terça-feira, 22 de março de 2011

A vírgula




Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

 
Ela pode sumir com seu dinheiro...
23,4.
2,34.

 
Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

 
Ela pode ser a solução...
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

 
A vírgula muda uma opinião...
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

 
A vírgula pode condenar ou salvar...
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

 
Uma vírgula muda tudo.


PS: Como dizia nossa Prof. Edna, o uso da vírgula não tem a ver com respiração, e sim, com intenção.